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O uso de fraldas por parte do bebê não parece sequer uma questão a ser discutida pelas mamães de maneira geral. Como os bebês ainda estão aprendendo a ter controle do seu corpo e durante um período da vida, não possuindo pleno domínio de suas funções urinárias e gastrointestinais, a fralda acaba sendo necessária ao dia a dia por uma questão de praticidade e higiene. Entretanto, aquilo que parece simples e cuja utilização remonta dos primórdios da humanidade, atualmente, pode vir a gerar grandes dores de cabeça. Portanto, a escolha da fralda adequada para o seu bebê pode acabar te tomando mais tempo do que, inicialmente, você pensaria.
Isso ocorre, inicialmente, porque algumas marcas acabam por não respeitar as especificações exigidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acerca dos produtos que podem ser utilizados nas fraldas, de maneira que alguns lotes acabam sendo recolhidos pela Agência, ou, ainda, optam por vender sem conseguir um registro para tal. Esse foi o caso de uma marca num passado bastante recente. A primeira delas, a Megafral Baby, produzida pela Megafral Indústria e Comércio Ltda, teve as suas vendas suspensas, assim como a sua fabricação, a sua divulgação e a sua distribuição por não possuir um cadastro na Anvisa que permitisse a comercialização do produto. Uma vez que a Megafral Baby não passava pela verificação dos critérios de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as fraldas dessa marca não poderiam ser vendidas no território nacional.
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Além da Megafral, outra marca, bastante conhecida no Brasil, teve as suas vendas suspensas, em 2018, uma vez que não foram verificados pela Anvisa os critérios necessários para que o produto fosse considerado atóxico para bebês. A marca em questão é a Huggies Turma da Mônica e, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tal fato ocorreu porque a marca em questão deixou pendentes testes relativos a irritações cutâneas, as famosas alergias, bastante conhecidas das mães e bastante comuns.
Indo além dos riscos de alergia relatados anteriormente, deve-se considerar outros pontos ao se escolher qual fralda utilizar. Alguns, à primeira vista, podem parecer exagerados, mas quando se observa as motivações para as discussões em torno do uso de produtos que contenham essas especificações, tais questionamentos se tornam justificáveis.
Esse ponto pode ser ilustrado através de um caso ocorrido no Reino Unido, que motivou uma discussão a respeito do uso de sacos plásticos para o descarte de fraldas descartáveis. De acordo com a Sociedade Real para a Prevenção de Acidentes do Reino Unido, estima-se que, pelo menos, dezessete bebês morreram por sufocamento através dos saquinhos utilizados para o descarte de suas fraldas. Tais falecimentos ocorreram, uma vez que esses sacos se encontram ao alcance dos bebês e, devido a sua espessura, podem acabar por bloquear o nariz e a boca das crianças, fazendo com que elas sufoquem. Por se tratar de objetos com cores chamativas e, por vezes, conterem desenhos, além dos cheiros especiais que visam amenizar o cheiro das fraldas, o produto acaba se tornando atraente para os pequenos. O interesse por tal produto por parte de bebês também pode ser atribuído ao barulho ocasionado quando se mexe com um desses sacos plásticos. Assim, percebe-se que a campanha acaba por se justificar de tal modo que uma grande rede de supermercados, a Morrisons, optou por incluir nos seus saquinhos de descarte de fraldas um aviso a respeito dos riscos de sufocamento para bebês.
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Diante do exposto, a fralda de pano acaba parecendo a opção mais segura e viável para bebês. Esse ponto é motivo de concordância entre algumas famosas, que fazem uso exclusivo de tal produto. Entre elas, destaca-se Mônica Benini, a esposa do cantor Júnior, que diz nunca ter feito uso das fraldas descartáveis em toda a vida de seu filho, o pequeno Otto. Mônica explica que a sua escolha se deu devido à grande sensibilidade da pele dos bebês. Dessa forma, a fralda de pano seria um meio de evitar irritações cutâneas e outros tipos de alergia que podem ser causados por algum componente presente nas fraldas descartáveis.
Além de Mônica Benini, a apresentadora Bela Gil também não é adepta de tal produto, porém, a apresentadora declara não fazer uso de nenhum tipo de fralda em seu bebê, Nino, desde que ele possuía seis meses de idade. Gil discute que, a partir desse período da vida de Nino, ela optou por aderir a um método chamado comunicação de eliminação, que consiste em perceber os sinais dados pela criança de que ela está com vontade de fazer xixi ou cocô e, partindo disso, levar o bebê ao banheiro no momento em que tal vontade se apresenta. Bela Gil diz que os resultados do método, do qual ela tomou conhecimento em ocasião de sua segunda gravidez, têm sido satisfatórios de modo que, atualmente, ela sempre sabe perceber quando Nino deseja usar o banheiro.
Diante de tantos argumentos apresentados e tantos métodos a serem pensados, o uso de fraldas acaba por se tornar mais um ponto em que a maternidade se complica e se abre para discussão, cabendo a cada mãe pesquisar o que melhor se adequa a sua rotina e como ela poderá adaptar a sua realidade a cada uma das propostas.