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Assim como adultos são diversos e cheios de particularidades, o mesmo se pode esperar das crianças em todas as suas fases da vida. Enquanto algumas são quietas, descritas pelos pais como crianças que não dão nenhum trabalho, exercendo suas tarefas diárias, como comer e dormir, de maneira pacífica, existem os ditos “bebês difíceis”, aqueles que choram mais do que os demais bebês e esse choro, por sua vez, é bastante alto, sendo difícil de ser acalmado. Os “bebês difíceis”, além disso, apresentam problemas para dormir e acabam por acordar com maior frequência durante a noite. Se você reconheceu as características do seu próprio filho no que foi relatado, saiba que algumas pesquisas têm se dedicado a investigar as razões para tais comportamentos e encontraram descobertas que atribuem essas características à criação dada aos bebês.
Segundo essas pesquisas, quando um “bebê difícil” é tratado com receptividade pelos pais, tendo as suas demandas atendidas e a sua necessidade de afeto suprida, a tendência é que ele se torne um adulto com boas habilidades sociais e boa educação. De maneira análoga, mas indo em uma direção diferente, quando esse mesmo bebê apresenta sinais de negligência por parte dos pais, não recebendo atenção e carinho suficientes, as suas chances de se tornar uma criança com problemas relativos à escola e um adulto que possui conflitos em relação à carreira se mostra bem grande.
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A esse respeito, se mostra interessante ainda analisar outros aspectos da criação que podem impactar negativamente o desenvolvimento humano das crianças. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, foi descoberto que pais adeptos das punições e que não fornecem apoio a seus filhos, acabam por aumentar as chances de que eles sofram com baixa estima, problemas na escola e, consequentemente, apresentem riscos de depressão e problemas ligados ao comportamento. O estudo supracitado é um dos primeiros do gênero a destacar que, ao contrário do que se diz e pensa popularmente, a criação rígida é a melhor maneira de se educar uma criança. Segundo a autora da pesquisa, Cixin Wang, os resultados encontrados por ela apontam que quando se educa um filho de modo controlador, baseando-se em punições e oferecendo-se pouco apoio, isso acaba por não funcionar, proporcionando os efeitos supracitados. Wang aponta também que demonstrações de afeto por parte dos pais, assim como demonstrações de apoio, são essenciais para os filhos.
A pesquisa de Cixin Wang foi publicada em uma revista científica, a Journal of Family Issues, e baseada na observação de 589 crianças, que foram questionadas a respeito do comportamento de seus pais, bem como sobre o seu próprio comportamento e, ainda, sobre como é o seu dia a dia na escola.
Indo de encontro aos resultados encontrados por Wang, destaca-se uma pesquisa realizada na Universidade de Kobe, no Japão. A pesquisa em questão aponta que crianças e bebês que recebem carinho dos pais possuem maiores chances de se tornarem adultos mais felizes. Isso reverbera de tal forma na vida das crianças que a pesquisa aponta ainda que, uma vez adultas, essas crianças podem vir a receber maiores salários, melhor formação acadêmica e possuir um senso de moral mais aguçado. Essa pesquisa, por sua vez, contou com a análise de 5 mil objetos, entre homens e mulheres, que responderam perguntas acerca da sua relação com os seus pais quando ainda eram crianças. Os questionamentos levantados estavam relacionados ao interesse que os pais possuíam pelas coisas feitas pelos filhos e a respeito da confiança que lhes era dispensada, por exemplo.
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Uma vez que os dados relativos a esses questionamentos foram compilados, os responsáveis pela pesquisa puderam analisar uma série de fatores relativos à criação e dividir os pais em seis categorias, de acordo com a maneira que optaram por criar os seus filhos. Esteja atento a essa lista e escolha bem o seu estilo.
1) Apoiador: esse estilo de criação se refere a proporcionar um nível de independência nas crianças que vai do médio ao alto, assim como alto nível de confiança e de interesse por suas atividades. Os pais que optam por esse estilo também optam por passar mais tempo com os filhos.
2) Rígidos: não possibilitam muita independência a seus filhos, seu nível de confiança é mediano, assim como o interesse pelas coisas que seus filhos fazem e esses pais também são conhecidos por criarem muitas regras.
3) Tolerantes: seu nível de confiança em seus filhos pode ser descrito como médio e eles passam um tempo que pode ser descrito como médio ou longo com as crianças.
4) Maleável: o seu interesse pelas atividades dos filhos é baixo, mas eles não têm muitas regras relativas à criação, não são rígidos e passam pouco tempo com seus filhos.
5) Áspero: os níveis de independência, interesse e confiança nos seus filhos podem ser descritos como baixos. Além disso, são rígidos.
6) Medianos: todos os itens citados acima são realizados pelos pais de maneira mediana.
Logo, através desses dados, a pesquisa acabou por descobrir que a criação no estilo “Apoiador” pode ser associada com adultos mais felizes, que recebem melhores salários e possuem mais conquistas acadêmicas. Esse estilo foi considerado a melhor forma de se criar um filho. Ao estilo “Rígido”, por sua vez, foi possível atribuir pessoas que também recebem bons salários e possuem boas conquistas acadêmicas, mas não são felizes.