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‘As pessoas não acham que alguém como eu possa ser inteligente’: relatos de alunos da USP

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A instituição quem ainda é majoritariamente branca, implementou um sistema de cotas destinadas a negros, pardos e indígenas para tentar melhorar o processo de inclusão e o tratamento dos jovens. O número de ingressos dessas pessoas na USP subiu 38% em relação ao ano passado, mas ainda assim está longe de representar a realidade brasileira.

Como é ‘ser da quebrada’ e estudar na USP

Thiago Torres, de 19 anos, foi criado em uma favela na Brasilândia e contou um dos piores momentos vividos por ele na universidade, que pode simbolizar bem como é “ser da quebrada” e estudar na USP.

Ele relata que estava a caminho de uma festa dentro do campus na Cidade universitária. Ele estava com alguns amigos e optaram pelo portão mais próximo a comunidade São Remo que fica bem ao lado da Universidade.

Segundo ele, logo que cruzaram o portão foram abordados por 4 carros da Guarda Universitária, que exigiram que eles mostrassem a carteirinha de estudante.

“Para mim foi bem simbólico das barreiras que quem é pobre, da periferia, enfrenta. E se eu não fosse aluno, não poderia entrar? A universidade não é pública?”, diz ele à BBC News Brasil.

A pouco tempo atrás Thiago desabafou em sua conta no facebook:

“Até quando vai predominar a lógica de que os brancos com grana têm acesso às melhores coisas e o caminho do sucesso trilhado enquanto os negros pobres vivem um verdadeiro inferno e tudo o que conseguem é trabalhar para esses brancos?”