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A gravidez é um momento delicado da vida de uma mulher, a espera de um filho é algo que traz também muitas dúvidas e inseguranças quanto ao que é perigoso ou seguro durante a gestação. Uma das situações que sempre geram questionamentos são as viagens de avião. Muitas mulheres tem dúvidas sobre os riscos de fazer uma viagem de avião durante a gravidez.
Durante entrevista concedida ao site GNT, os ginecologistas e obstetras Domingos Mantelli e Antonio Paulo Stockler falaram sobre o tema e responderam a diversas dúvidas a respeito.
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Segundo o médico Antonio Paulo, não existe um tempo de gestação em que seja mais ou menos aconselhável viajar de avião, desde que a gravidez esteja correndo normalmente e sem nenhum impedimento médico, ou sejam se não houver nenhum tipo de doença associada à gravidez e que a coloque em risco ou ameaça de um trabalho de parto prematuro, não existe nenhuma limitação em relação à idade gestacional.
No entanto, o que acontece é que as próprias empresas aéreas estabelecem um limite para que as gestantes possam viajar sozinhas, pois a partir de um período aumenta-se o risco das grávidas entrarem em trabalho de parto durante o voo e neste caso elas precisariam de um atendimento especializado, o que não seria possível em pleno ar. O prazo gestacional limite pode variar de uma companhia para outra. Normalmente as empresas estabelecem o período entre 32 e 34 semanas, quando a probabilidade de uma mulher entrar em trabalho de parto aumenta.
O ginecologista e obstetra Antonio Paulo também explica que mesmo fora desse período, as mulheres devem viajar portanto um atestado médico que informe o número de semanas de sua gestação e que informe as suas condições de saúde e a liberação para a viagem.
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O médico Domingos Mantelli explica que em uma gravidez de baixo risco e com liberação do obstetra para viagem, a mulher poderá viajar normalmente, sabendo que sua gravidez e seu bebê não correm nenhum risco. No entanto, ele reforça que as gestantes tem maior risco de inchaço nas pernas e que viagens de avião favorecem a ocorrência de trombose, por isso, toda grávida deve viajar usando meias elásticas de moderada compressão e se levantar a cada 3 ou 3 horas para caminhar e manter a circulação das pernas ativas.
Domingos Mantelli faz outros alertas e explica sobre os riscos que uma grávida que tenha uma condição de saúde mais delicada corre. “As grávidas que têm problemas de saúde, como doença pulmonar ou cardiovascular, podem piorar durante a viagem. As mulheres que estão sob risco de abortamento também não devem viajar de avião porque não terão nenhum tipo de acesso a tratamento e a própria pressurização pode ser considerada responsável pelo abortamento. Não existe nenhuma evidência muito clara sobre isso, mas as mulheres que sofrem sangramento devem evitar o avião sob risco de perda da gravidez”, pondera o médico.
Ainda falando de casos em que as viagens devem ser evitadas estão as gestações gemelares ou de múltiplos, isso porque nesses casos, as chances de um trabalho de parto prematuro acontecer são consideravelmente maiores. Assim como no caso de uma gestação única, as futuras mamães de gêmeos ou múltiplos podem viajar, desde que estejam com a saúde em ordem e tenham sido liberadas por seu médico. No entanto, nesses casos, o indicado é que a grávida viaje no máximo até a 30ª semana.
Em quais situações a viagem não é recomendada?
Grávidas com ameaça de abortamento e com doenças pulmonares, cardiovasculares ou com risco alto de trombose não devem fazer viagens de avião, afirma o médico Antonio Paulo Stockler. Da mesma forma que os casos anteriores a viagem deve ser feita apenas após orientação e liberação do médico responsável pela gestante. Que deve viajar sob as orientações dele, como o uso das meias, medicamentos, etc.